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Boa notícia: tartaruga marinha recapturada pelo Projeto Aruanã está recuperada de lesões no casco

Boa notícia: tartaruga marinha recapturada pelo Projeto Aruanã está recuperada de lesões no casco

Na primeira temporada anual de capturas intencionais de tartarugas marinhas, em Itaipu (Niterói-RJ), a equipe e voluntários(as) do Projeto Aruanã recapturaram uma tartaruga-verde (Chelonia mydas), que vinha sendo monitorada pelo projeto desde 2021, totalmente recuperada de lesões causadas por hélice de embarcação. Segundo a Coordenadora de Campo do Projeto Aruanã, Me. Larissa Araújo, a recaptura do animal ocorreu na segunda-feira, 26 de maio, durante a temporada que foi encerrada nesta semana. “Para a nossa felicidade, a tartaruga está saudável e há total cicatrização das lesões. Nem dá para perceber que houve interação com hélice”, afirmou Larissa.

O Projeto Aruanã, que é patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, realiza em Itaipu duas temporadas anuais de capturas intencionais de tartarugas como parte do trabalho de monitoramento voltado à conservação destes animais marinhos. Durante o trabalho, que ocorre em abril (ou maio) e outubro, é feita a marcação e/ou fotoidentificação para a identificação dos indivíduos residentes na região de Itaipu e adjacências, tornando possível o acompanhamento do desenvolvimento deles.

Boa notícia

A equipe do projeto capturou a tartaruga marinha pela primeira vez em 21 de outubro de 2021 e ela apresentava 52,9 cm de comprimento curvilíneo de carapaça (CCC) e 18,4 kg. No ano seguinte, a equipe pôde novamente acompanhar o seu desenvolvimento graças ao registro do animal durante o monitoramento.

Em uma terceira recaptura, em maio de 2023, foram identificadas no casco 4 marcas de lesões. “Elas [as marcas de lesões] eram sequenciais, bem características de impacto com hélice de motor. Felizmente, neste caso, eram superficiais e com o processo de cicatrização já iniciado. Não houve uma fratura severa que poderia causar um maior dano ao indivíduo. Há outros casos em que ocorrem lesões da coluna vertebral, pois o casco da tartaruga é feito de ossos e queratina”, explicou a

Coordenadora de Campo. Neste evento, a tartaruga apresentava 75,5 cm de CCC e 57,8 kg.

Conforme Larissa, as feridas no casco foram limpas pela equipe do projeto e, após a finalização dos cuidados com o indivíduo, ele foi devolvido ao mar. Em outubro de 2023, na segunda temporada do ano, o animal foi novamente capturado, constatando-se uma boa evolução na cicatrização do casco.

Nesta última temporada, o animal voltou a ser capturado, pesando 80 kg e com 86 cm de CCC, com o casco completamente cicatrizado e saudável. O animal está no final da fase juvenil e, em breve, vai se tornar adulto, etapa em que ele vai partir em direção às áreas de reprodução.

Importância da Unidade de Conservação

A notícia reforça a importância do trabalho de conservação marinha desenvolvido pelo Projeto Aruanã, que atua em parceria com a Reserva Extrativista Marinha de Itaipu (Resex-Mar Itaipu). A Resex-Mar Itaipu é uma Unidade de Conservação (UC) criada em 2013 para proteger as tradições e os modos de vida dos pescadores artesanais tradicionais da região e, além disso, tornar possível a sustentabilidade e a proteção ambiental.

A reserva fica próxima à entrada da Baía de Guanabara, na área oceânica de Niterói, ocupando um espelho d ‘água de aproximadamente 3.943 hectares que abrange, ainda, a Lagoa de Itaipu. Ela fica ao lado do Parque Estadual da Serra da Tiririca, uma região que oferece fartura de alimentos para uma variedade de espécies marinhas, dentre elas as tartarugas marinhas.

A gestora da Resex-Mar Itaipu, Beatriz Verçosa Maciel, disse que a UC é considerada um “refúgio” das tartarugas marinhas e que a recaptura do animal exemplifica bem isto. “A existência de uma Unidade de Conservação da Natureza na área de abrangência do projeto garante a recuperação efetiva do animal, considerando que os pescadores beneficiados por esta UC são engajados, possuem ciência dos eventuais cuidados que devem ter com as embarcações e rede para evitar acidentes. E entendem a relevância da preservação destes animais na região”, afirmou Beatriz.

Ela afirmou ainda que as ações do Projeto Aruanã voltadas à valorização das atividades do pescador artesanal local são de “suma importância e garantem com que a cultura e conhecimento tradicional do pescador sejam valorizados, convergindo com um dos principais objetivos da Resex-Mar Itaipu, que é proteger os meios de vida da população dos pescadores artesanais das praias de Itacoatiara, Itaipu, Camboinhas, Piratininga e Lagoa de Itaipu”.

A conservação das tartarugas marinhas é a nossa paixão

O Projeto de monitoramento de tartarugas marinhas surgiu em 2010 através de um grupo de estudantes e com atuação restrita à Praia de Itaipu, Niterói. 

Parceria e ampliação dos esforços na pesquisa e conservação

O projeto também atua em parceria com diversas instituições públicas ou privadas, redes e ONGs com a finalidade de ampliar esforços e sensibilizar a população sobre a preo

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