_MG_9937

Projeto Aruanã inicia monitoramento de tartarugas marinhas na Marina da Glória

O Projeto Aruanã, em parceria com o AquaRio e a BR Marinas, iniciou um trabalho de monitoramento de tartarugas marinhas na Marina da Glória, localizada no centro do Rio de Janeiro. Para realizar as atividades de pesquisa, é feita a captura intencional dos animais para o registro de suas medidas, como o peso, marcação com anilhas de identificação, coletas de sangue e de tecidos para estudos genéticos.

Iniciado em junho deste ano, o trabalho na Marina da Glória já estava nos planos do Projeto Aruanã, que conta com uma parceria de longa data com a BR Marinas para a realização de atividades de educação ambiental, capacitação e para orientações sobre procedimentos nos casos em que são encontradas tartarugas marinhas debilitadas ou mortas, na Marina da Glória.

De acordo com a Coordenadora de Campo do Projeto Aruanã, MSc. Larissa Araújo, em junho foram capturadas na Marina da Glória 30 tartarugas marinhas, todas elas juvenis da espécie tartaruga-verde (Chelonia mydas). O maior indivíduo registrado tinha 60,0 cm de comprimento curvilíneo de carapaça (CCC) e 22,3 kg. Já o menor indivíduo possui 28,0 cm de CCC e pesa 2,1 kg. Dentre os animais, onze apresentaram tumores de fibropapilomatose (FP), que é uma doença que acomete as tartarugas marinhas em todos os oceanos. Apesar de ser uma enfermidade de caráter benigno, a fibropapilomatose é uma doença debilitante e potencialmente fatal, já que esses tumores podem vir a dificultar comportamentos naturais como a locomoção, respiração, visão e alimentação dos animais. A tartaruga-verde é a espécie mais acometida pela FP. Apesar de não existirem dados concretos sobre a razão da alta prevalência nessa espécie, especula-se que esteja associada aos seus hábitos mais costeiros quando comparados às outras espécies, já que permanecem longos períodos se alimentando em regiões costeiras com alto grau de contaminação por atividades antrópicas. 

Há mais de dez anos, as capturas intencionais de tartarugas marinhas compõem a metodologia de estudos de pesquisadoras que integram o Projeto Aruanã. Duas vezes ao ano, as capturas intencionais são realizadas na Praia de Itaipu, em Niterói (RJ), local onde nasceu o projeto. Com a parceria da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, a partir de 2022, o Projeto pôde ampliar seus esforços de pesquisa científica, educação ambiental, envolvimento comunitário e vem aumentando sua área de atuação. E neste ano, com a parceria com o AquaRio a equipe colocou em prática a ação de captura na Marina da Glória.

Programa Ciência Cidadã: banco de dados

A decisão de iniciar as capturas intencionais dos animais na Marina da Glória também foi embasada na análise do banco de dados que é composto a partir do Programa Ciência Cidadã. Por meio deste programa, a equipe do Projeto Aruanã incentiva a comunidade a registrar, em fotos ou vídeos, qualquer encontro com as tartarugas marinhas, estando elas vivas ou mortas, e a enviar as informações ao projeto pelas redes sociais, site institucional ou pelo número de celular.

Os registros de imagens na Baía de Guanabara contribuíram para que o Projeto Aruanã conseguisse mapear as ocorrências desses animais. Somente nesses últimos dois anos (2022 a 2024) foram obtidos registros de 578 tartarugas marinhas das cinco espécies que ocorrem no Brasil, sendo 365 de tartarugas-verdes (Chelonia mydas) na região da Baía de Guanabara.

 

Baía de Guanabara: esforços para garantir a qualidade ambiental

A ampliação das atividades de captura intencional, principalmente em áreas de interesse na Baía de Guanabara, pode ainda fornecer informações valiosas sobre a qualidade ambiental, contribuindo com os esforços de conservação e de criação de políticas públicas voltadas ao tratamento de efluentes e à despoluição das águas da baía. Dessa maneira, o trabalho pode garantir a melhoria da qualidade de vida das tartarugas marinhas, assim como da saúde de outros organismos.

Segundo o Projeto Aruanã, em áreas de alimentação de tartarugas marinhas, dentre elas a região da Baía de Guanabara, as medidas de conservação indicadas pelo Plano de Ação Nacional para a Conservação de Tartarugas Marinhas (PAN) são voltadas ao monitoramento da pesca e proposição de medidas mitigadoras, marcação de indivíduos, monitoramento de encalhes, identificação de ameaças, realização de pesquisas científicas e proposições de políticas públicas, além das ações de capacitação, educação e sensibilização ambiental.

A conservação das tartarugas marinhas é a nossa paixão

O Projeto de monitoramento de tartarugas marinhas surgiu em 2010 através de um grupo de estudantes e com atuação restrita à Praia de Itaipu, Niterói. 

Parceria e ampliação dos esforços na pesquisa e conservação

O projeto também atua em parceria com diversas instituições públicas ou privadas, redes e ONGs com a finalidade de ampliar esforços e sensibilizar a população sobre a preo

Outros posts

plugins premium WordPress

Painel Aruanã

Ciência Cidadã Projeto Aruanã

Ao enviar o seu registro em nossa plataforma, você ajuda a entender mais sobra as espécies de tartarugas marinhas e ajuda na conservação marinha

[wpforms id="5817"]

Já sou cadastrado ​

Se você já faz parte da Plataforma de Ciência Cidadã Aruanã, acesse com uma das opções abaixo:

[miniorange_social_login]

ou

Crie a sua conta

Se você já faz parte da família, acesse

com uma das opções abaixo:

Registration option not enabled in your general settings.

Registration option not enabled in your general settings.