A websérie tem 4 episódios e destaca o empenho da equipe do Projeto Aruanã para preservar os carismáticos animais e o ambiente marinho de modo geral
Com quatro episódios, a produção do conteúdo valoriza a dedicação do Projeto Aruanã em contribuir com as pesquisas e conservação de tartarugas marinhas. Os vídeos também contam a história do importante envolvimento de pescadores da Reserva Extrativista Marinha de Itaipu (Resex-Mar Itaipu), em Niterói (RJ), onde o projeto nasceu, na proteção dos animais. A websérie poderá ser acessada pelo site do projeto ou pelo canal do Projeto Aruanã no Youtube,.
O Projeto Aruanã, que atua no monitoramento de tartarugas marinhas na Baía de Guanabara e adjacências com a parceria da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, surgiu a partir do empenho de estudantes interessados em pesquisar estes animais na Praia de Itaipu. O ano era 2010 e a vontade de mergulhar no mundo das tartarugas marinhas bateu forte nas então alunas da Universidade Federal Fluminense (UFF), dentre elas a atual Coordenadora Geral do Projeto, Dra. Suzana Guimarães. Em 2012, o trabalho foi ampliado e o Projeto foi batizado de Aruanã, que é outro nome da tartaruga-verde, espécie frequentemente encontrada na região.
Equilíbrio dos ecossistemas marinhos
No primeiro episódio da websérie, o tema central é a importância do trabalho executado nas temporadas de captura intencional das tartarugas. Essa é uma atividade essencial para o Projeto Aruanã, pois possibilita o monitoramento dos animais por meio da marcação com anilhas de identificação, medição, pesagem e da realização de imagens para fotoidentificação. Além disso, nestas temporadas, realizadas duas vezes ao ano, é feita uma avaliação da condição de saúde dos animais e é coletado tecido para as pesquisas científicas. “Elas [as tartarugas] estão aqui crescendo, se desenvolvendo saudáveis […] Elas estão sempre gordinhas […] e crescem super rápido, comparadas a outras regiões do mundo”, diz Suzana Guimarães, em entrevista para o episódio 1 da websérie.
Suzana também destaca a importância da atuação conjunta com os pescadores. “Essa união de conhecimentos é extremamente importante para a conservação”, afirma. O pescador Mauro Freitas, colaborador do Projeto Aruanã, que dá o seu testemunho sobre a parceria com a equipe do projeto e os aprendizados ao longo dos anos. Ele cita, por exemplo, que aprendeu a seguir a orientação de não lançar a rede de pesca no local que serve de “casa” para a tartaruga e a retirar corretamente o animal, caso ele seja capturado acidentalmente durante uma atividade pesqueira. “Nós aprendemos com o Aruanã uma educação ambiental”, declara Mauro Freitas.
Neste episódio, a Coordenadora de Pesquisa do Projeto Aruanã, Dra. Estéfane Cardinot Reis, destaca a relevância do trabalho de voluntários que são selecionados a cada trimestre para colaborar com as ações. “Com certeza para eles esse momento da captura é mais fascinante, porque têm o contato com os animais em campo”, afirma Estéfane.
As tartarugas marinhas e a extinção dos dinossauros
No segundo episódio da websérie, a apresentação das principais linhas de atuação do projeto é um dos temas abordados. “A gente tem a parte da educação ambiental, de sensibilização, trabalhando em conjunto com a comunidade”, diz Suzana Guimarães. Entre as principais linhas de atuação, ela também cita a pesquisa científica, a modelagem ecossistêmica, o acompanhamento da cadeia produtiva dos recursos pesqueiros e as ações de comunicação para a divulgação de informações do projeto.
Ela destaca ainda que ao longo dos anos de trabalho a equipe aprendeu a respeitar a atividade pesqueira, que tem um espaço importante na economia nacional. Para o Projeto Aruanã, a colônia de pescadores de Itaipu é aliada para o desenvolvimento das ações de conservação das tartarugas marinhas, animais que sobreviveram a extinção dos dinossauros, mas que precisam de cuidado e proteção.
Animal carismático
No terceiro episódio, são abordadas as ações de sensibilização e de educação ambiental. A Coordenadora de Mobilização Social, Msc. Beatriz Guimarães Gomes, detalha as iniciativas, dentre elas a visita a escolas com material da exposição itinerante, a recepção de visitantes na sede do projeto, em Itaipu, e a realização de atividades lúdicas para crianças. Segundo Beatriz, as atividades de educação ambiental podem despertar um “outro olhar” para a necessidade de conservação das tartarugas marinhas.
No quarto episódio, novamente destaca-se a “troca” de conhecimentos entre a comunidade pesqueira e as pesquisadoras em prol da conservação dos animais e da manutenção da pesca artesanal sustentável na região.
O quinto e último episódio destaca o ponto alto do projeto, que são as capturas intencionais das tartarugas marinhas. Assista abaixo: